Se por um lado as vendas de veículos no Brasil aumentaram 12% no primeiro semestre do ano em comparação ao mesmo período do ano passado, por outro lado, a vizinha Argentina, que vive uma grave crise, contribuiu para a diminuição de 41,5% na exportação nesse mesmo período. Os dados foram divulgados esta semana pela Fenabrave – Federação Nacional de Distribuição de Veículos Automotores.
Apesar da queda expressiva nas exportações, o aumento das vendas de veículos no Brasil está sendo mais que suficiente para contribuir com o aquecimento no setor de autopeças, que tem tudo para fechar o ano com números animadores. Foram emplacados, no país, quase 2 milhões de veículos só este ano.
O Sindipeças (Sindicato Nacional da Indústria de Componentes para Veículos Automotores) e a Abipeças (Associação Brasileira da Indústria de Autopeças) apresentaram relatório que mostra que o setor faturou, no primeiro semestre deste ano, 10,4% a mais que o registrado no mesmo período de 2018.
As entidades afirmam que houve aumento nas vendas para montadoras (12,8%), intrassetoriais (31,7%) e para o mercado de reposição (7%). As exportações, por sua vez, diminuíram 10,5%, quando mensuradas em dólares, mas mantiveram-se no mesmo patamar em reais, revelando que, de fato, o mercado segue em crescimento exponencial.
Ainda segundo o Sindipeças, em agosto, o faturamento líquido do setor apresentou aumento de 1,8% em relação a julho, mas, em contrapartida, registrou queda de 0,5% em comparação ao mesmo mês de 2018. As vendas para as montadoras ficaram estáveis em agosto com relação a julho, mas cresceram 2,9% em relação a agosto do ano passado.
As projeções para o fechamento do ano são positivas. O mercado de reposição automotiva é bastante dinâmico e, de acordo com a Sindipeças, a tendência para este segundo semestre para o setor de autopeças é a continuidade do crescimento em relação ao ano anterior, tanto em vendas quanto em contratação e faturamento.